Com 4580 assinaturas, a petição entregue pela Assembleia Municipal de Lagos, em Março de 2019, teve origem numa proposta dos eleitos da CDU e é uma aspiração das populações dos concelhos de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo.
A reivindicação é antiga e esta já não é a primeira iniciativa daquele órgão autárquico a reclamar a construção de um novo hospital, seja por causa da degradação das condições em que são prestados os cuidados de saúde na actual unidade hospitalar, seja pelo crescimento demográfico, agravado com a procura turística nos três concelhos da área de influência do hospital.
Em 2008/2009, o Ministério da Saúde aprovou o «projecto, estudo e concretização do novo hospital». Orçado em cerca de 27 milhões de euros, seria construído num terreno cedido pela autarquia local, mas não chegou a sair do papel. Para tal contribuiu a obsessão pela consolidação orçamental, em detrimento do investimento público.
Além da petição, a 27 de Maio serão debatidos no Parlamento quatro projectos de resolução de PCP, PEV, BE e PAN. À excepção do último, todos apelam à construção célere da infra-estrutura.
De acordo com os diplomas do PCP e do PEV, o novo Hospital de Lagos deverá ter instalações modernas e adequadas à prestação dos cuidados hospitalares pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), mantendo o modelo integralmente público – recomendação vertida igualmente na iniciativa do BE.
Em 2011, o governo do PSD e do CDS-PP escudou-se no chamado memorando de entendimento da troika para justificar a falta de intervenção. Entretanto, os governos do PS também não priorizaram o projecto, apesar da degradação das instalações e da capacidade de prestação de cuidados de saúde, cada vez mais reduzida.
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