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Odivelas reivindica descontos que coincidiram com municipalização da Carris

Reconhecendo a vantagem da aplicação pelo Governo de descontos na cidade de Lisboa para crianças, na Carris e no Metro, e para reformados e idosos, também na CP, a Câmara de Odivelas aprovou uma moção dos eleitos da CDU que reivindica o alargamento do benefício aos restantes utentes da Área Metropolitana.

Utentes do Porto insurgem-se contra qualquer aumento do preço dos transportes públicos
CréditosJoana Bourgard / RR

Foi no passado dia 1 de Fevereiro que, coincidindo com o início da gestão da Carris pelo município de Lisboa, o Governo decidiu que a Carris, a CP e o Metro passariam a oferecer um desconto de 60%, a todos os maiores de 65 anos, somente na capital, bem como a isenção para todas as crianças até aos 12 anos, mas apenas na rede Carris e Metro.

Na moção apresentada pelos vereadores da CDU, aprovada hoje em reunião de câmara, lê-se que esta redução repõe os descontos aos maiores de 65 anos, «injustamente eliminados» em 2011 pelo governo do PSD e do CDS-PP.

Porém, acrescentam, «não nos parece aceitável que esse desconto seja limitado à cidade de Lisboa, discriminando todos os utilizadores que nestes transportes circulam para fora da cidade, pois a operação da Carris e do Metro extravasa os respectivos limites, estendendo-se a concelhos limítrofes como é o caso de Odivelas».

Denunciam como «incompreensível» que um reformado de 65 anos de Odivelas, que deseje utilizar o Metro, não tenha acesso aos descontos de 60% para o passe Navegante que utiliza, mas esse desconto seja garantido aos reformados da cidade de Lisboa. Ao mesmo tempo, afirmam que «dificilmente se compreenderá» que uma criança de Famões ou Caneças, com menos de 12 anos de idade, tenha que pagar o passe até chegar à rede da Carris ou do Metro, e só aí lhe seja garantido um passe gratuito.

Os eleitos da CDU acrescentam que «o anúncio público de que as isenções e descontos a efectuar só na Carris e no Metro venham a ser suportadas pelo Orçamento do Estado reforça toda esta nossa incompreensão».

O documento será remetido ao Ministério do Ambiente, à Assembleia da República e respectivos grupos parlamentares, à Área Metropolitana de Lisboa (AML), bem como a todos os operadores de transportes da AML.

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