A iniciativa vai decorrer de 25 a 27 de Maio, no Pavilhão do Conhecimento – Centro de Ciência Viva, em Lisboa.
Numa nota de imprensa, a Direcção Regional de Bragança do PCP considera que a escolha do local traduz, por um lado, «a operação de branqueamento das responsabilidades da política de direita e dos seus executantes, ao longo de mais de 40 anos, e ilustra o esvaziamento da região pelas suas gentes e o empobrecimento dos que cá estão» e, por outro, «que a montanha de conclusões dos três anteriores congressos pariu um rato».
Acrescenta-se no texto que, apesar do «abandono do interior» assumir uma centralidade na discussão política, designadamente através da realização de iniciativas, movimentos e unidades de missão sobre o tema, a «preocupação» não é nova, «como não são novas as consequências e resultados de tanta "vontade"».
O PCP denuncia que a situação em que se encontra o interior do País resulta dos decisores políticos «que levaram a cabo o acentuar das desigualdades territoriais e assimetrias regionais», e que agora surgem como promotores de algumas dessas iniciativas.
Para os comunistas, o combate às assimetrias regionais e «aos graves problemas demográficos do território» não passa pela produção de «diagnósticos há muito já identificados» mas antes pela execução de um leque integrado de políticas dinamizadas regionalmente. A par da criação de regiões administrativas, como a Constituição consagra, o PCP propõe «orçamentos do Estado apoiados nos fundos comunitários, com forte discriminação positiva para os territórios de baixa densidade».
A necessidade de «outra politica agrícola e florestal», a defesa da agricultura familiar e do mundo rural, e a garantia de serviços públicos de «proximidade e qualidade», são outros aspectos elencados pelo PCP em nome da defesa do interior.
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