Aluimento de terras aconteceu há mais de um ano

População de Seia pede reabertura de estrada

Aquela que foi a principal ligação da Cova da Beira a Coimbra está fechada há mais de oito meses na freguesia de Teixeira face a um aluimento de terras. População pede intervenção urgente. 

Habitantes de Teixeira dizem que viajar para Coimbra ou para a Covilhã é um «autêntico inferno»
Créditos / Diário As Beiras

Segundo os residentes de Teixeira, no concelho de Seia, o aluimento aconteceu há mais de um ano e chegar a Coimbra tornou-se, desde então, «um verdadeiro inferno». O corte realizado pela Infraestruturas de Portugal obriga os habitantes desta freguesia a fazer um desvio de algumas dezenas de quilómetros, passando por Alvoco da Serra e Loriga, até chegarem à EN230, em Vide.

Se a deslocação tiver como destino a Covilhã, «temos que descer a Vide, fazer dezenas de quilómetros dando a volta por Loriga até retomar a EN230, nas Pedras Lavradas, que se situa a três quilómetros», conta um dos habitantes.

As alternativas à EN230 passam pela travessia da Serra da Estrela no seu ponto mais alto, impraticável durante largos períodos do ano, e pela utilização das vias A23, A25 e IP3 (Viseu), ou da A23 e IC8 (Sertã), que implicam o pagamento de portagens e «um aumento substancial do número de quilómetros a percorrer».

As populações da Cova da Beira defendem que o encerramento deste troço da EN230 dificulta o acesso aos serviços que se encontram em Coimbra, bem como a possibilidade de regressar a casa no próprio dia, e pedem uma intervenção urgente da Infraestruturas de Portugal. Falam em «desleixo» e assumem que esta é mais uma consequência do abandono a que o Interior tem sido votado pelos sucessivos governos.

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