Segundo os residentes de Teixeira, no concelho de Seia, o aluimento aconteceu há mais de um ano e chegar a Coimbra tornou-se, desde então, «um verdadeiro inferno». O corte realizado pela Infraestruturas de Portugal obriga os habitantes desta freguesia a fazer um desvio de algumas dezenas de quilómetros, passando por Alvoco da Serra e Loriga, até chegarem à EN230, em Vide.
Se a deslocação tiver como destino a Covilhã, «temos que descer a Vide, fazer dezenas de quilómetros dando a volta por Loriga até retomar a EN230, nas Pedras Lavradas, que se situa a três quilómetros», conta um dos habitantes.
As alternativas à EN230 passam pela travessia da Serra da Estrela no seu ponto mais alto, impraticável durante largos períodos do ano, e pela utilização das vias A23, A25 e IP3 (Viseu), ou da A23 e IC8 (Sertã), que implicam o pagamento de portagens e «um aumento substancial do número de quilómetros a percorrer».
As populações da Cova da Beira defendem que o encerramento deste troço da EN230 dificulta o acesso aos serviços que se encontram em Coimbra, bem como a possibilidade de regressar a casa no próprio dia, e pedem uma intervenção urgente da Infraestruturas de Portugal. Falam em «desleixo» e assumem que esta é mais uma consequência do abandono a que o Interior tem sido votado pelos sucessivos governos.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui