No total, são 20 adultos e 17 crianças que ficaram desalojados por causa do incêndio que deflagrou num antigo paiol em Sacavém, no concelho de Loures, no passado domingo. Desde então, dormem em colchões no quartel dos Bombeiros Voluntários daquela localidade, tendo vindo a receber auxílio por parte da Câmara Municipal de Loures, bombeiros, juntas de freguesia, instituições sociais, Segurança Social e Centro de Saúde.
Perante os jornalistas, e após uma visita aos desalojados, o presidente da Câmara de Loures exigiu «uma solução transitória com dignidade para estas pessoas [que tinham habitações precárias], para que se possa trabalhar no realojamento em habitações definitivas e, se possível, no realojamento e na desocupação de todo o paiol das pessoas que ainda lá estão».
«Não podemos aceitar esta situação de enorme precaridade», acrescentou Bernardino Soares, aproveitando para recordar que a Câmara Municipal já havia alertado o Ministério da Defesa, «por diversas vezes, e ao longo de vários anos», para a situação que ali estava a ser criada.
«Passados estas dias, há uma total ausência de respostas», denunciou o edil, sublinhando que cabe ao Governo «arranjar uma solução imediata para que depois, com mais tempo, se possa trabalhar numa solução definitiva, que não se resolve sem o apoio do Estado».
Neste sentido, lembrou que «falta uma política de apoio à habitação, apenas solucionável com um programa nacional, uma resposta global do Estado, com o apoio dos municípios».
Enquanto decorria esta visita, a Presidência da República anunciou que o Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, irá receber uma delegação composta pela Câmara Municipal de Loures e algumas das pessoas desalojadas, na próxima segunda-feira.
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