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Escola Secundária José Falcão é herdeira do Liceu de Coimbra, criado em Novembro de 1836

Requalificação urgente da José Falcão aprovada no Parlamento

A falta de condições e de salubridade da Escola José Falcão motivaram uma petição da Associação de Pais e Encarregados de Educação. Na reunião plenária desta manhã, a Assembleia da República aprovou diplomas que recomendam uma intervenção urgente por parte do Governo.

Aqui estudaram e leccionaram figuras marcantes da cultura portuguesa como Fernando Namora, Miguel Torga, João de Deus, Almada Negreiros e Rómulo de Carvalho
Créditos / Diário de Coimbra

Na reunião plenária desta manhã, na qual marcaram presença elementos da Associação de Pais e Encarregados de Educação, foram aprovadas resoluções de todos os partidos com assento parlamentar, à excepção do PAN.

Dos seis projectos, nos quais se requere que o Governo proceda à requalificação da escola com carácter de urgência, cinco foram votados favoravelmente. O do PS, onde se reconhece que, «ao longo dos últimos 20 anos, esta escola, com cerca de mil alunos matriculados, beneficiou apenas de pequenas intervenções de reparação, insuficientes para evitar a sua degradação», mereceu as abstenções do PSD e do CDS-PP. 

No entanto, tanto os social-democratas como os centristas concordam que, apesar de o actual imóvel estar classificado como sendo de interesse público, «nunca teve uma intervenção de fundo».

Herdeira do Liceu de Coimbra, há décadas que a Secundária José Falcão luta pela realização das obras necessárias. Necessárias para adequar o edifício, com 80 anos de existência, e para atender ao avançado estado de degradação das instalações e dos seus equipamentos. 

No texto intitulado «Intervenção urgente e de fundo na Escola Secundária José FalcãoCoimbra», que angariou mais de cinco mil assinaturas, os pais e encarregados de educação dizem estar em causa «o bem-estar e a segurança dos quase mil alunos, professores e funcionários, que estudam e trabalham na escola mais antiga e inspiradora da cidade – e uma das mais históricas do País».

Falta de condições afecta concentração dos alunos

A situação ilustra-se num resumo breve. «Grande parte da canalização e da instalação eléctrica é ainda a original. Há infiltrações e humidade por todo o edifício. Chove no laboratório de Física e em algumas salas. Chove também, e em abundância, no pavilhão, cujo pavimento apresenta fissuras perigosas para a integridade física dos alunos. Como não há climatização, há alunos que levam mantas para poderem suportar os rigores do Inverno. No Verão, é insuportavelmente quente». 

Os peticionários realçam que a falta de condições interfere na concentração dos alunos e recordam que, nas últimas décadas, esteve prevista por três vezes uma intervenção de fundo no edifício.

Denunciam ainda que «a programação da Parque Escolar abrangeu por duas vezes as obras na escola, mas estas, por opções questionáveis, nunca avançaram. Mais recentemente, ficou ausente do programa que vai requalificar mais de 200 escolas portuguesas com recurso a fundos comunitários do Portugal 2020. Uma situação a todos os títulos inconcebível». 

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