Numa conferência de imprensa, esta segunda-feira, a CDU recordou a sua oposição ao contrato estabelecido há 16 anos com a empresa Águas de Alenquer e insistiu na necessidade de se reavaliar o processo de privatização até porque, lembrou o vereador da CDU, Ernesto Ferreira, «o contrato prevê que, ao fim de um quinto do tempo, pode haver reversão da concessão».
A possibilidade é há muito desejada pela população, que tem movido acções de protesto contra a empresa concessionária. Para a CDU, a reversão deste processo «é absolutamente necessária».
«Falam em 60 milhões de euros de indemnização: mas que contas são estas? A empresa está contratualmente obrigada a fazer melhorias que claramente não tem feito, pelo que há mais do que razões para uma reversão deste processo». A par das questões contratuais denunciadas pelo eleito comunista, as queixas recaem no facto de a população de Alenquer pagar a quarta factura mais cara do País, pese embora os lucros apresentados pela concessionária.
O contrato de concessão pode ser renegociado desde o momento em que a sua existência corresponda a um quinto do tempo total de duração, mas Ernesto Ferreira denuncia falta de vontade política para cumprir com o estipulado.
«A empresa concessionária não está claramente a cumprir com o que foi contratualizado, nomeadamente no que às melhorias das condutas diz respeito, pelo que há motivos mais do que óbvios para colocar este contrato de concessão em causa. O que não há, é vontade política para o fazer», afirmou.
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