Ricardo Robles anunciou hoje, através de uma «declaração de renúncia», que vai abandonar o lugar para que foi eleito há menos de um ano, assim como na estrutura local do BE. O vereador assumiu os pelouros da Educação e Direitos Sociais após assinar um acordo com o PS para assegurar a maioria perdida por Fernando Medina.
A decisão é o último episódio do caso que o envolveu e a um prédio em Alfama que adquiriu com a irmã à Segurança Social por 370 mil euros e que, após a saída de todos os inquilinos à excepção de um casal, colocou à venda por 5,7 milhões de euros.
O caso divulgado pelo Jornal Económico, pelo carácter exemplar face à realidade da habitação no centro da cidade de Lisboa, levou o vereador a vir justificar-se e garantir que não se demitia na última sexta-feira. No dia seguinte, a coordenador do BE, Catarina Martins, defendeu a conduta pessoal do vereador e garantiu a confiança em Robles.
Ricardo Robles é o segundo vereador eleito pelo BE na Câmara Municipal de Lisboa, depois do atribulado mandato de José Sá Fernandes – de quem o partido se afastou no final de 2008, apesar de este se manter como vereador até ao momento, entretanto eleito pelo PS. Após a ruptura com Sá Fernandes, o BE tentou recuperar o lugar no executivo em 2009, com Luís Fazenda, e, em 2013, com João Semedo, ainda que sem sucesso.
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