Supressão de carreiras provocou incidentes esta manhã no cais do Barreiro

Soflusa condiciona horários dos passageiros

A empresa de transporte fluvial, que esta segunda-feira suprimiu oito carreiras no período da manhã, vem agora pedir aos passageiros para evitarem a chamada «hora de ponta», entre as 8h e as 9h.

No período entre as 6h e as 9h, realizaram-se 17 ligações, em vez das 20 previstas
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

O apelo, feito numa conferência de imprensa, em Lisboa, é para que os utentes tentem «coordenar as deslocações», de forma a evitar «um tão grande aglomerado de pessoas àquela hora».

A «hora» sensível é aquela em que a maior parte das pessoas é obrigada a viajar, entre as 8h e as 9h, de modo a poder cumprir os horários de entrada no trabalho ou na escola.

O pedido surgiu na sequência dos incidentes verificados esta manhã no cais do Barreiro, em que várias pessoas se sentiram mal depois de terem tentado forçar a entrada na zona de embarque.

Na hora impossível para a Soflusa, circularam sete carreiras, em vez das nove previstas. No período entre as 6h e as 9h, realizaram-se 17 ligações, menos três do que o previsto. 

A frota da transportadora é composta por oito navios, mas, tal como noticiámos ontem, neste momento apenas funcionam quatro. A administradora da Soflusa, Marina Ferreira, atribui às restrições orçamentais dos últimos anos a impossibilidade de realizar a regular manutenção dos barcos, a qual estará agora a ser feita. 

A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), por sua vez, tem vindo a afirmar que esta degradação resulta «de um plano, que ao longo de muitos anos esteve em desenvolvimento pelos anteriores governos e administrações», no sentido de privatizarem este sector. A federação acrescenta que o actual Governo «pouco tem feito para resolver» a situação.

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