A Comissão Sindical do STAL da Câmara Municipal de Almada denuncia em comunicado a «atitude inaceitável» do Executivo liderado por Inês Medeiros neste processo. Esclarece que, «com base em depoimentos de actuais trabalhadores e trabalhadoras da Rede Municipal de Bibliotecas, assim como de outros e outras que por ali passaram, e que saíram em resposta ao assédio moral», entregou uma exposição «escrita e exaustiva» no dia 11 de Março de 2019, depois de reunião com o Executivo.
A ausência de resposta por parte do Município levou o STAL a tornar público esse documento. Alterações «constantes» das equipas de trabalho, a desvalorização e desqualificação «sistemática» do trabalho realizado e a atribuição de metas e objectivos de trabalho «impossíveis de atingir» são alguns dos aspectos dados a conhecer esta segunda-feira.
Somam-se, entre outros aspectos polémicos, a utilização de práticas intimidatórias, a criação de «situações objectivas de stress» a fim de «provocar o descontrolo na conduta do trabalhador» ou ordens dadas «em regime de contradição», fomentando a confusão e dando azo à reprimenda.
Executivo tem permanecido em silêncio
O STAL solicitou uma audiência à presidente Inês Medeiros, no passado dia 13 de Junho, mas a falta de resposta deu origem a um abaixo-assinado, ao qual se associaram trabalhadores que, «tendo saído daquela Divisão e até da Câmara Municipal de Almada devido a esta questão de assédio moral, expressaram a sua solidariedade com os antigos colegas».
A moção, adianta a estrutura sindical, foi entregue à presidente da Câmara com novo pedido de audiência. A ausência de resposta levou o STAL a denunciar publicamente a situação, nomeadamente com a colocação de faixas à porta de cada um dos equipamentos da Rede Municipal de Bibliotecas da Câmara Municipal de Almada.
O STAL frisa que «a denúncia de assédio oral não é um capricho», tratando-se de um fenómeno com «sérias repercussões na saúde e na vida das pessoas», mas que o Executivo do PS «insiste em ignorar».
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