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Transtejo: presidente da Câmara de Almada propõe entrega ao sector privado

A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, defende que a solução para ultrapassar os problemas de navegação do rio Tejo passa pela entrega aos operadores privados. 

«Tem que haver abertura» aos operadores privados, defende Inês de Medeiros
CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

Perante uma situação «inaceitável», a presidente da Câmara de Almada disse hoje que a Transtejo necessita de investimento e defendeu a abertura da navegação no Tejo a operadores privados.

A autarca de Almada, eleita pelo PS, salientou que é necessário pensar numa «economia do rio», ou seja, «abrir a navegação no Tejo a operadores privados e pensar numa economia do rio». Para Inês de Medeiros, o Tejo é «suficientemente grande para se abrir a vários tipos de actividade e a vários operadores».

«Temos sido muito solicitados por operadores privados que querem fazer carreiras e transporte fluvial e não vejo nenhuma razão para que isso não aconteça, tem que haver abertura. Mas, para isso, é preciso ver o rio como centro da Área Metropolitana de Lisboa», frisou a autarca à margem de uma feira de imobiliário que está a decorrer em Cannes (França).

Esta semana, a ligação Cacilhas (Almada)/Lisboa está a funcionar apenas com dois navios em hora de ponta, o que tem provocado a supressão de metade das carreiras em alguns períodos. 

«As coisas não mudam com ligações suprimidas»

Autarcas e utentes têm vindo a reclamar devido às supressões de carreiras e à falta de embarcações no rio Tejo para cumprirem as ligações fluviais previstas entre a Margem Sul e Lisboa.

Na tarde de ontem, as comissões de utentes do Seixal, do Barreiro e do Cais do Seixalinho, no Montijo, realizaram uma concentração, no Cais do Sodré, em Lisboa, seguida de uma marcha em direcção ao Ministério das Finanças, onde foram recebidos pelos assessores do secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo, a quem entregaram uma carta aberta e um barquinho de papel. 

Num comunicado afirmam que, segundo a assessora, o problema «esteve nas ausências de manutenções durante anos a fio, o que desembocou nesta situação», tendo a comitiva das comissões de utentes ripostado que «essas justificações já os utentes recebem há um ano», e que «as coisas não mudam havendo todos os dias ligações suprimidas».

«Neste momento, os utentes esperam respostas urgentes para uma reivindicação clara e simples: o cumprimento do serviço estabelecido pela Transtejo Soflusa», lê-se no texto. 

A presidente da Transtejo afirmou recentemente, no Parlamento, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que espera ter à disposição, até ao final do mês, navios suficientes para garantir o serviço da operadora de transporte fluvial entre a margem sul do Tejo e Lisboa. Mas, como alertou ao AbrilAbril Nuno Catarino, da Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho, no Montijo, «há aqui uma situação tão ou mais grave do que esta que também tem que ser resolvida e tem a ver com o assoreamento do rio». 


Com Agência Lusa

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