Comissões de utentes de transportes de Almada, Montijo e Seixal, que repudiam as supressões e cortes de frequência de carreiras anunciados a 6 de Janeiro passado pela Transportes Sul do Tejo (TST), apresentaram-se na passada quinta-feira, na sede da empresa, para uma reunião com a respectiva administração, mas foram informados da «indisponibilidade de agenda» da mesma para recebê-las.
Em comunicado, subscrito pela Comissão de Utentes dos Transportes da Margem Sul, Comissão de Utentes de Transportes do Seixal, Comissão de Utentes de Transportes Públicos Rodoviários de Montijo e Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho, esclarece-se que a reunião fora solicitada à administração da transportadora a 13 de Janeiro passado, «com carácter de urgência», e tinha por objectivo «conhecer o plano da empresa» para repor «imediatamente» carreiras e horários.
«Com ou sem reunião e até à completa reposição dos horários», afirma-se no comunicado, «as comissões apelam a todos os utentes para que manifestem o seu desagrado junto daquelas entidades».
O comunicado das comissões de utentes de Almada, Montijo e Seixal refere que as mesmas «apresentaram queixa junto dos TST, mas também [junto] da Área Metropolitana de Lisboa e da Autoridade Metropolitana de Transportes».
A Área Metropolitana de Lisboa (AML), que desempenha competências como Autoridade de Transporte, considerou a supressão de carreiras e horários uma iniciativa unilateral e ilegal por a empresa não ter adoptado, junto da AML, «um conjunto de procedimentos formais» a que está obrigada.
Conforme declarações proferidas ao AbrilAbril por Carlos Humberto, primeiro-secretário da AML, de uma primeira reunião entre esta e a TST resultou um plano de trabalho que prevê uma segunda reunião, de carácter técnico, em que a proposta da transportadora «será analisada carreira a carreira».
Essa informação será então apresentada a cada um dos municípios abrangidos a fim de analisar, em concreto, a rede municipal e fazer as adaptações necessárias, designadamente a retoma das carreiras que se entendam imprescindíveis. «Não aprovamos alteração de carreiras sem a consulta ao respectivo município», frisou Carlos Humberto.
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