A Área Metropolitana de Lisboa (AML), que desempenha competências como Autoridade de Transporte, anunciou a reposição imediata das carreiras 333, 435 e 160 dos TST, que tinham sido suprimidas pela empresa no dia 6 de Janeiro, e ligam a capital a Vale da Amoreira (Moita), Samouco (via Montijo) e Almada, respectivamente.
Ao AbrilAbril, o primeiro-secretário da AML, Carlos Humberto, afirma que, após reunião, e depois da empresa ter suprimido e alterado unilateralmente os horários de várias carreiras, esta segunda-feira, foi aprovado um plano de trabalho. Segue-se uma nova reunião técnica, onde «será analisada carreira a carreira», para depois a AML e os TST contactarem cada um dos municípios abrangidos a fim de analisar, em concreto, a rede municipal e fazer as adaptações necessárias, designadamente a retoma das carreiras que se entendam imprescindíveis.
Carlos Humberto frisa que os TST não estavam em condições de avançar com a alteração concretizada esta segunda-feira. «Para fazer alteração às carreiras, a empresa tem que adoptar um conjunto de procedimentos formais junto da AML, e esta tem que aprovar». No caso concreto, acrescenta, «não aprovamos alteração de carreiras sem a consulta ao respectivo município».
O representante da AML avança que, mais do que a questão financeira – usada recorrentemente pela empresa da Arriva –, a decisão foi justificada pela falta de motoristas para os trajectos previstos.
Carlos Humberto afirma que a questão dos recursos humanos é um argumento que «todos os operadores estão a apresentar», aproveitando para sublinhar que AML «sempre cumpriu, a tempo e horas», todos os pagamentos, inclusive aos TST.
«Nós fizemos um cálculo da compensação financeira que é preciso dar aos operadores pela redução tarifária e sempre cumprimos», realça. «Receberam significativamente mais dinheiro, mais valor, mais compensações, do que aquilo que estava estabelecido receberem se fosse a receita de 2018», elucida o primeiro-secretário da AML.
«Para o total de operadores são uns milhões», revela. Tendo em conta este cenário e o argumento avançado pelos TST, Carlos Humberto conclui: «não nos parece justo.»
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