Apesar de reconhecer que a redução do valor das portagens nas antigas vias sem custos para o utilizador (ex-Scut) não responde às necessidades da região, a Comissão de Utentes da A23 não aceita que a medida se prolongue no tempo em virtude de «negociações deliberadamente arrastadas» entre o Governo e a empresa concessionária.
«A redução do preço das portagens deve ter efeitos ainda neste Verão e com estas deve ser estabelecido um calendário de reduções progressivas até à abolição total das portagens», defende em comunicado.
A Comissão de Utentes da A23 denuncia que o contrato celebrado pelo último governo com a Scutvias, já com o governo demitido, «é eticamente reprovável e é de legalidade duvidosa». Posto isto, defende que se as negociações não evoluírem rapidamente, o Governo deve optar pela «resolução unilateral do contrato celebrado pelo já então defunto governo do PSD/CDS-PP com a Scutvias, invocando-se para o efeito a sua nulidade e o interesse geral».
Caso a situação se arraste, em prejuízo dos interesses dos utentes e das regiões servidas pela A23, a comissão assume que vai mobilizar as populações para que estas, de forma pública, se manifestem e exijam a abolição das portagens.
A emissão de autocolantes para colocação nas viaturas com a mensagem «Portagens-STOP» é uma das medidas em curso. Está ainda prevista a colocação de panos em algumas das entradas da A23.
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