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Utentes do Litoral Alentejano alertam para «situação grave» no SNS da região

A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano critica a falta de respostas do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde e admite estar disponível para novas acções de luta. 

A falta de profissionais, desde médicos a assistentes operacionais, as extensões de saúde degradadas e os «tempos máximos de resposta garantidos» acima da lei foram apenas algumas das denúncias efectuadas esta segunda-feira pela Coordenadora das Comissões de Utentes na reunião toda com o Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. 

Num comunicado enviado ao AbrilAbril, a estrutura critica a falta de compromisso por parte do CA «com datas» e «melhorias» do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região, e alerta para um conjunto de «situações negativas» que os utentes vão continuar a enfrentar, tanto ao nível dos cuidados de saúde primárias como hospitalares. 

A par das extensões de saúde degradadas, «sem data para projecto ou início de obras», e da exigência de reabertura de outras, designadamente do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Grândola, 24 horas, a estrutura afirma que mais de 15 mil utentes vão continuar sem médico de família, não obstante haver «médicos à beira da idade da reforma» e não haver, por parte do CA, «nenhum plano para a sua substituição».


Ao nível dos cuidados de saúde hospitalares, a Coordenadora das Comissões de Utentes critica a abertura do novo Serviço de Urgência do Hospital do Litoral Alentejano (HLA) sem o «número suficiente de profissionais de saúde para o desempenho das funções com segurança». Ao mesmo tempo, alerta, as empresas de trabalho temporário vão «continuar a fornecer médicos para os diversos cuidados de saúde». 

Aos longos tempos de espera por consultas de especialidade, podendo ser, por exemplo, à volta de 500 dias para Reumatologia, as comissões e de utentes acrescentam, entre um vasto conjunto de insuficiências, que o Serviço de Urgência Pediátrica do HLA «irá continuar a atender as crianças com Médicos sem qualquer especialidade». 

Insistem na atribuição de médico e enfermeiro de família para todos e na redução do número de utentes por cada médico, de 1900 para 1500 utentes por cada médico, e, entre outros exigências, na «colocação urgente» da ambulância suporte imediato de vida no Serviço de Urgência Básica do Centro de Saúde de Alcácer do Sal. 

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