Utentes do Metro de Lisboa lançam abaixo-assinado

A Comissão de Utentes dos Transportes, em associação com a Fectrans e a União dos Sindicatos de Lisboa (USL), lançou um abaixo-assinado contra o «inferno» em que se converteu a utilização diária da rede do Metro.

Concentração de pessoas na estação do Metro do Cais do Sodré causada pelo aumento do tempo de espera entre comboios
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Num comunicado enviado às redacções, a Comissão de Utentes dos Transportes de Lisboa (CUTL) desfia as inúmeras queixas acerca do serviço de Metro, agravadas pelo «horário de Verão», sinónimo da redução da oferta nas Linhas Amarela, Azul e Verde. 

Os utentes condenam a degradação crescente do serviço por força de não se resolverem vários problemas ao longo de vários anos. Entre as denúncias ressalvam que os maquinistas prometidosmais de um ano ainda não iniciaram a formação, que ainda não foram contratados os trabalhadores necessários paramanutenção e reparação do material circulante, e que continuam a faltar peças em armazém para muitas das reparações. 

Quem diariamente utiliza este serviço de transporte não esquece as lacunas existentes ao nível do acesso a algumas estações do Metro. A CUTL frisa isso mesmo no comunicado, denunciando que «não foram feitas obras nas várias estações muitíssimo degradadas», que, por sinal, «não garantem as condições mínimas de acessibilidade».

O abaixo-assinado, lançado esta quarta-feira, e anunciado a 19 de Maio, numa acção conjunta da CUTL, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e da USL, reivindica ainda a redução dos tempos de espera e o fim das constantes «perturbações» na linha – argumento utilizado pela administração do Metropolitano para os recorrentes atrasos. Os utentes exigem o funcionamento regular em todas as linhas, «acabando com os percursos alternados e com as habituais reduções no serviço no período de Verão».

Relativamente à estação de Arroios, encerrada ontem também para a realização das obras de ampliação do cais de embarque de modo a permitir a circulação de comboios com seis carruagens, a CUTL reivindica que esta apenas encerre pelo período necessário à realização das obras, «devendo ser assegurados percursos alternativos pela Carris para servir as populações enquanto a estação se encontrar encerrada». 

A comissão reitera que a luta dos utentes e dos trabalhadores não vai parar «até que sejam garantidos os transportes públicos de qualidade a que temos direito».

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