A escolha foi feita pelo presidente da República e pelo primeiro-ministro e não é necessária a auscultação dos vários partidos com assento na Assembleia da República. Amadeu Guerra foi, assim, nomeado para procurador-geral da República.
Ex-procurador-geral adjunto, Amadeu Guerra conta com uma passagem pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal, no qual exerceu o cargo de director, e foi também um dos rostos da Operação Marquês, um caso que terminou com a acusação do ex-primeiro-ministro José Sócrates por corrupção.
Para além deste conhecido caso, Amadeu Guerra também montou a equipa que liderou as investigações em torno do grupo Espírito Santo, que culminou na acusação de Ricardo Salgado.
Prestes a completar 70 anos, o nomeado pelo chefe de Estado e pelo líder do executivo governativo torna-se no procurador-geral da República mais velho de sempre e, se cumprir mandato até ao fim, ou seja, ate 2030, sairá do cargo com 75 anos.
A actual Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, termina o seu mandato a 11 de Outubro e a tomada de posse de Amadeu Guerra acontecerá no dia seguinte, dia 12 de Outubro, no Palácio de Belém.
Num momento em que o Ministério Público é alvo de todas as atenções, sendo para muitos o responsável pela queda do anterior governo do PS, algo que levantou muitas suspeitas e pressões, espera-se que o mandato de Amadeu Guerra venha garantir a estabilidade necessária que salvaguarde a idoneidade do Estado português.
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