|Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos

Finanças divulgam em comunicado

BCE confirma nova gestão da Caixa

Ministério das Finanças confirma luz verde de Bruxelas a 11 novos administradores da Caixa. António Domingues vai acumular liderança do banco e da Comissão Executiva por seis meses.

António Domingues recebe quase 30 mil euros mensais na presidência da Caixa Geral de Depósitos, que acumula com uma pensão do BPI.
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O Banco Central Europeu deu luz verde a 11 dos 19 novos administradores propostos pelo Governo para a Caixa Geral de Depósitos (CGD), confirmou o Ministério das Finanças em comunicado. Os restantes não podem assumir funções por acumularem cargos em órgãos sociais de outras empresas, situação que o executivo espera ultrapassar através de uma alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

O presidente já anunciado, António Domingues, vai poder acumular a presidência do Conselho de Administração e da Comissão Executiva durante seis meses. Durante este prazo, o Governo pretende analisar com o Banco de Portugal e o Banco Central Europeu a questão, depois de Bruxelas ter assumido uma posição contrária a esta acumulação de funções.

O banco público passa a ter um novo modelo de governação, em que os administradores não-executivos passam a exercer o controlo sobre a Comissão Executiva em comissões especializadas, tendo sido indicados quatro para o Conselho Fiscal da CGD.

A nova equipa de gestão da instituição financeira não vai estar sujeita aos tectos salariais até aqui em vigor para os gestores públicos, não sendo ainda conhecidos os valores que irão auferir.

A supervisão dos maiores bancos portugueses passou, em Janeiro, para o Banco Central Europeu, no quadro da aplicação da União Bancária. As alterações às regras e a cedência de mais esta parcela de soberania às instituições europeias obrigou o Governo a negociar com Bruxelas a nova equipa de administração e o processo de recapitalização do banco público.

Dos nomes conhecidos, a equipa de gestão da Caixa proposta mantém uma composição próxima daquelas que têm passado pela instituição, com nomes ligados ao PS, do PSD e do sector financeiro. Quase todos os administradores executivos transitam, com o presidente, do BPI, enquanto para administradores não-executivos tomam posse nomes como Rui Vilar, ex-presidente da CGD e ex-ministro do PS, ou Pedro Norton, até há pouco tempo administrador do grupo Impresa, de Francisco Pinto Balsemão. Dos nomes agora chumbados constam Leonor Beleza, ex-ministra do PSD, Bernardo Trindade, ex-secretário de Estado do PS, Ângelo Paupério, gestor da Sonae ou Carlos Tavares, líder da PSA - Peugeot Citroën.

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