Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos

Depois de, em 2017, ultrapassar a meta de despedimentos imposta por Bruxelas, a administração da Caixa Geral de Depósitos acelerou ainda mais o ritmo nos primeiros cinco meses do ano.

O Parlamento discute amanhã mudanças nas regras do sigilo bancário e a criação de uma entidade para recuperar créditos perdidos por instituições intervencionadas com dinheiros públicos.

Realizou-se hoje mais uma concentração contra o encerramento de uma agência da CGD, desta vez a de Gambelas, na freguesia do Montenegro, concelho de Faro.

Depois do anúncio de encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em vários locais do País, as populações manifestam-se pela manutenção do serviço. Na última sexta-feira foi a vez de Almeida.

O primeiro-ministro afirmou hoje que o processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos deve ficar concluído em Abril e defendeu que os problemas no sistema financeiro estão a resolver-se.

A Caixa Geral de Depósitos vai avançar com o encerramento de 200 agências e a saída de 2200 trabalhadores até 2020. O processo de recapitalização foi confirmada pela Comissão Europeia.

Segundo revelou António Domingues, ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), ouvido hoje no Parlamento, o plano de reestruturação da CGD implicava diminuir 2200 trabalhadores até 2020.

O governo de Passos e Portas deixou «guardados na gaveta» durante seis meses pareceres da Inspecção-Geral das Finanças que mostravam o agravamento das imparidades na Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Paulo Macedo aceitou o convite do Governo para presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos. Apenas o PCP apresentou objecções, tendo em conta o percurso de Macedo como ministro da Saúde do Governo do PSD e CDS-PP. 

A aprovação de uma alteração ao Orçamento do Estado pelo PSD, pelo CDS-PP e pelo BE deu o argumento final para a saída de sete administradores da Caixa, incluindo o presidente.

O PSD quer que os salários dos gestores da Caixa voltem a ter como limite a média das remunerações dos últimos três anos. No caso de António Domingues, o valor seria de 402 mil euros por ano.

O PCP apresentou uma proposta que limitava o salários dos gestores públicos a 90% do salário do Presidente da República. PS e PSD inviabilizaram a iniciativa.

O PSD e o CDS-PP tentaram aproveitar a polémica com os salários da administração da Caixa, mas acabaram confrontados com a contradição entre o que dizem hoje e o que fizeram ontem.

Ministério das Finanças confirma luz verde de Bruxelas a 11 novos administradores da Caixa. António Domingues vai acumular liderança do banco e da Comissão Executiva por seis meses.

O sindicato defende, em comunicado, a importância da continuidade da CGD como um banco público, apontando várias críticas à administração e aos «erros de gestão».

Marques Mendes alinha na desestabilização do banco público e revela exigências e lamentos do BCE: administradores a mais e sem experiência bancária, e um plano alternativo à recapitalização da CGD.

Os ministros das Finanças desde 2000 vão ser ouvidos pela Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. PSD volta à carga com auditoria externa, mas iniciativa é chumbada mais uma vez.