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Centenas de ligações continuam cortadas após incêndios

Cem clientes ainda aguardam a reposição das comunicações destruídas nos incêndios do ano passado, em Pedrógão Grande e na zona Centro, anunciou hoje o Governo. Em Monchique, são mais de 300.

CréditosPaulo Novais / Agência LUSA

«O regulador informa-nos de mais de 500 mil famílias afectadas e indica-nos que a generalidade dos processos estão concluídos», disse o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, que está a ser ouvido na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

De acordo com o governante, dados da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) de 7 de Setembro mostram que, nesta data, ainda existiam «100 clientes, famílias, sem a reposição das comunicações», isto mais de um ano depois dos fogos em Pedrógão Grande (distrito de Leiria) e quase um ano após os incêndios de 15 de Outubro, na região Centro.

Destas 100 pessoas, «20 têm reposições agendadas, 40 pessoas recusaram as propostas das operadoras e as outras 40 não se conseguiram contactar», precisou Pedro Marques, que falava numa intervenção inicial sobre a reposição das ligações telefónicas destruídas pelos incêndios no seguimento de um requerimento do PCP.

O ministro indicou ainda que «algumas centenas de ligações» foram destruídas ou danificadas pelo incêndio que deflagrou no concelho algarvio de Monchique e que decorreu entre 3 e 10 de Agosto. O governante precisou que, «de acordo com a informação disponibilizada pelo regulador, 5673 famílias foram afectadas». Neste momento, contam-se «307 acessos por repor», um mês depois do fogo.

Operadoras querem cobrar por ligações cortadas

Em relação aos incêndios florestais do ano passado, Pedro Marques foi questionado sobre erros na cobrança das facturas, já que algumas operadoras continuaram a enviar dados para pagamento aos clientes apesar de as ligações estarem suspensas devido aos fogos.

Pedro Marques escusou-se a assumir responsabilidades e remeteu mais informações para a Anacom: «Têm de perguntar ao regulador. Nós não temos como obrigar a alterar facturas, é um sector privado.»


Com Agência Lusa

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