O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a CGTP-IN, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e o Projecto Ruído voltam a sair à rua para exigir o fim do genocídio do povo palestiniano, que, desde 7 de Outubro de 2023, está confrontado com uma nova Nakba (catástrofe).
O AbrilAbril divulga, esta sexta-feira, que, desde o passado dia 18 de Março, data em que retomou a ofensiva na Faixa de Gaza, Israel tem vindo a matar pelo menos 103 palestinianos e a ferir outros 223 todos os dias. Os dados são do Euro-Med Human Rights Monitor. Entretanto, no último domingo, o Ministério da Saúde, em Gaza, confirmou 50 183 mortos palestinos, dos quais 830 desde que Israel formalmente rompeu o cessar-fogo. Na nota de divulgação das acções do próximo domingo, Dia da Terra, «Por uma Palestina livre e independente», o MPPM alerta que a destruição é «imensa» e as consequências para a saúde pública, «imprevisíveis».
«Ninguém pode dizer que desconhece os crimes de Israel e, no entanto, pessoas com responsabilidades de governação em Portugal e na União Europeia não têm pudor em fazer visitas oficiais ao Estado sionista ou em frequentar as festas da sua representação diplomática», denuncia o movimento.
Para dizer, mais uma vez, basta, no dia 30 de Março, Lisboa, Porto e Coimbra voltam a sair à rua. Na capital, a manifestação parte às 15h do Martim Moniz, em direcção ao Campo das Cebolas, no Porto haverá um acto público no Jardim Infante D. Henrique, a partir das 16h. Uma hora antes, Coimbra terá também uma iniciativa de solidariedade com o povo palestiano, que atribui um significado especial ao Dia da Terra.
«Se vive fora de alguma destas cidades, junte um grupo de amigos com cartazes e bandeiras e faça-se fotografar num local simbólico da sua localidade. Envie-nos a fotografia com uma breve nota que nós a divulgaremos nas nossas páginas digitais», informa o MPPM. A quem vive no Alentejo, designadamente num local de passagem da Volta ciclista, «faça sentir à equipa Israel Premier Tech que os embaixadores do Estado sionista não são bem-vindos ao Portugal de Abril», acrescenta.
No dia 30 de Março de 1976, as forças repressivas israelitas mataram seis palestinianos cidadãos de Israel que protestavam contra a expropriação de terras no Norte do Estado de Israel, para aí instalar comunidades judaicas. Cerca de cem pessoas ficaram feridas e centenas foram presas durante a greve geral e nas grandes manifestações de protesto que, nesse dia, ocorreram em diferentes localidades palestinianas do território de Israel. Desde então, a data é celebrada como o Dia da Terra Palestina, simbolizando a determinação do povo palestinano em preservar a sua história e defender a sua terra.
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