«Em relação a 2024, o excedente ultrapassa as expectativas do Governo sobretudo porque a economia portuguesa teve um desenvolvimento maior», considerou Miranda Sarmento, ministro da Finanças depois do INE confirmar que o excedente das contas públicas de 2024 fixou-se em 0,7% do PIB, uma revisão em alta face ao 0,4% do PIB estimado no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Miranda Sarmento faz assim lembrar as declarações de Luís Montenegro que em 2014, ante a grave situação social resultado da política de austeridade, disse: «a vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor».
Os resultados exaltados pelo responsável pelas finanças, contrastam com a realidade nacional, nomeadamente num vasto conjunto de sectores onde os problemas se vão acumulando, nomeadamente na Saúde onde, segundo dados divulgados hoje, há mais de 1,5 milhões de utentes sem médicos de família.
No mesmo momento, Miranda Sacramento disse ainda que o programa eleitoral do PSD, que nas últimas eleições foi coligado com o CDS e o PPM na Aliança Democrática (AD), será actualizado, uma vez que «um terço já foi executado», algo que para quem vive e trabalha em Portugal pode ser considerado como uma ameaça dada a política executada.
Os 1900 milhões de euros de excedente comprovam que a degradação dos serviços públicos foi uma opção política e não um mero problema na gestão dos mesmos, como o Governo visa dar a entender. Como se tal não fosse suficiente, Luís Montenegro, anunciou hoje que foi aprovada na reunião do Conselho de Ministros uma autorização de despesa no valor de 205 milhões de euros para reforçar o apoio à Ucrânia, ou seja, para continuar a guerra.
Para não se achar que será agora que os problemas do país poderão ter uma resposta, Miranda Sarmento já confirmou que o próximo passo do Governo, caso a AD vença as eleições legislativa, será a diminuição carga fiscal das famílias e empresas, sabendo que pelo modelo de actuação do executivo, será das famílias com mais rendimentos e das grandes empresas.
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