Os delegados ao congresso extraordinário da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD), realizado no último sábado, deram início aos trabalhos com uma avaliação da realidade do movimento associativo, designadamente com os constrangimentos provocados pela pandemia e o papel assumido pelas mais de 30 mil colectividades a nível nacional.
A Academia Almadense (Almada) acolheu o encontro que foi o pontapé de saída para o congresso electivo que a CPCCRD realiza a 16 de Julho, e no qual foi aprovada uma moção dirigida à nova Assembleia da República e ao novo Governo. No documento, as colectividades reclamam que se considerem as propostas já apresentadas de revisão da legislação associativa, bem como as que foram entregues ao poder executivo e legislativo aquando da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022, e exigem a atribuição de apoios no âmbito dos custos com combustíveis, gás e electricidade.
«Uma das críticas do movimento associativo foi precisamente a falta de reconhecimento e apoio financeiro regular e transparente por parte dos poderes públicos, a quem compete constitucionalmente proporcionar o acesso, produção e fruição da cultura, recreio e desporto», refere a Confederação num comunicado.
Entre os assuntos discutidos no congresso extraordinário esteve também o processo de capacitação de dirigentes e entidades associativas e a importância de valorizar as capacidades de todos os que participam na vida das associações. No período da tarde, os delegados, provenientes de regiões de Norte a Sul, dedicaram-se à revisão dos actuais estatutos com o objectivo de adaptar a organização aos desafios do presente.
Com cerca de 38 estruturas descentralizadas por todo o País, a CPCCRD representa 33 mil associações, nas quais estão envolvidos mais de 400 mil dirigentes.
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