Os três grupos parlamentares rejeitaram o voto do PCP de «condenação da actual escalada de ameaças contra a Síria». Além do voto dos comunistas, foram a plenário outras iniciativas (do BE e de deputados da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros), mas este era o único que exigia ao Governo o não envolvimento.
O texto do BE pedia o envolvimento de Portugal numa «solução política», apesar de afastar a participação em operações militares, e foi chumbado. O voto de deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros, que foi aprovado com os votos a favor do PSD, do PS, do BE e do CDS-PP, começava por assumir como factual o alegado ataque químico do passado fim-de-semana, já desmentido por quem está no terreno e a aguardar uma investigação pela Organização para a Proibição de Armas Químicas, cuja missão já está em território sírio.
Também foi aprovado um voto do PCP assinalando os 15 anos da entrada em Bagdade de forças norte-americanas, num processo em que tiveram um papel de destaque os então primeiro-ministro, Durão Barroso, e ministro da Defesa, Paulo Portas, portugueses. Sem surpresas, os seus partidos – o PSD e o CDS-PP – foram os únicos a votar contra; o deputado do PAN absteve-se.
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