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Dados recentes mostram os custos com a habitação a subir desde 2000

É cada vez mais caro arranjar casa em Portugal

Os preços das casas em Portugal aumentaram acima da média da zona euro e da União Europeia no primeiro trimestre deste ano. A habitação pesa cada vez mais no bolso dos portugueses.

O peso das despesas com habitação subiu mais de 10 pontos percentuais desde 2000, em Portugal
Créditos / Pixabay

Em Portugal, os preços das casas cresceram 7,9%, acima dos 4% na zona euro e 4,5% na União Europeia (UE) no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo. As maiores subidas homólogas foram registadas na República Checa (12,8%), na Lituânia (10,2%) e na Letónia (10,1%), divulgou o Eurostat, gabinete de estatística da UE.

Em Portugal, os preços das casas aumentaram 2,1% na comparação trimestral, enquanto a média da zona euro se ficou por 0,4% e da UE em 0,7%.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística na passada segunda-feira, as despesas com habitação representavam 31,9% do total em 2015/2016, quando em 2000 ficavam abaixo dos 20%.

A subida acentuada é acompanhada por uma redução do peso das despesas com alimentação, que desceram de cerca de 18%, em 2000, para 14,3% durante o período da troika. Apesar de uma ligeira subida nos últimos dois anos, continuam abaixo dos 15%.

As despesas com habitação representavam, em média, 6501 euros por ano (541,75 euros por mês) para cada agregado familiar português, em 2015/2016: mais do dobro das despesas com alimentação (242,83 euros mensais) e transportes (238,58 euros mensais).

Os dados sobre os orçamentos familiares mostram ainda uma acentuada desigualdade na distribuição dos rendimentos. Enquanto os 20% mais pobres tinham rendimentos 60% inferiores à média, os 20% mais ricos ganhavam 94% acima da média. A taxa de risco de pobreza incide particularmente nas regiões autónomas (RA): 21,6% na RA da Madeira e 27,5% na RA dos Açores. No Continente, o Norte é a região onde o risco de pobreza é maior, chegando aos 17,7%, seguida do Alentejo e do Algarve (15,6%), do Centro (15,4%) e da Área Metropolitana de Lisboa (12,4%).


Com Agência Lusa

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