O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje a primeira estimativa sobre os dados do produto interno bruto (PIB) nacional para o segundo trimestre de 2016. Registou-se um crescimento quer em termos homólogos, de 0,8%, quer em cadeia, de 0,2%. Segundo o Eurostat, nos países da Zona Euro o aumento médio homólogo foi de 1,6% e em cadeia de 0,3%, ou seja, cerca do dobro do que se regista em Portugal.
A manter-se este ritmo de crescimento da economia portuguesa, o PIB crescerá este ano entre os 0,8 e os 0,9%, cerca de metade do que foi previsto pelo Governo para 2016 (1,8%). O ritmo de crescimento económico parece estar a desacelerar desde o início do segundo semestre de 2015.
Tais resultados resultam da queda do investimento, em comparação com o mesmo período do ano passado. O consumo cresce em termos homólogos a um ritmo menos intenso do que no trimestre anterior, o que se reflecte num menor crescimento das importações, mas também no ritmo de crescimento do PIB que se verifica.
Estes números mostram como as imposições do Tratado Orçamental e as necessidades de redução do défice orçamental que daí advêm continuam a ser determinantes. A queda do investimento público arrasta consigo o investimento privado, o que tem implicações no crescimento da economia nacional e, em consequência, no emprego, no consumo, nas importações e nas exportações.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui