Manuel Delgado classificou como uma «vergonha a nível nacional e internacional» os dados do Portal da Saúde sobre o absentismo dos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pediu o apoio da Ordem dos Médicos para uma «sindicância para avaliar estas situações». Acrescentou que se tem «de combater e moralizar as ausências e os atestados médicos que não correspondem a reais necessidades de faltar», assumindo que tem que haver mais controlo para «apertar essa malha».
A FNSTFS, num comunicado enviado às redacções, afirma que as declarações do secretário de Estado de que «são demasiado graves», para além de representarem «uma afronta vergonhosa e inaceitável a quem trabalha no SNS» e demonstrarem o seu desconhecimento do sector.
O comunicado lembra que «o Ministério da Saúde tem recusado a negociação» com a estrutura sindical «há anos», permitindo «horários díspares para trabalho igual, a acumulação excessiva de trabalho suplementar não pago e a falta de mais de 6000 assistentes operacionais».
A federação recorda «o ataque» feito aos trabalhadores deste sector, dando como exemplo a falta de pessoal, a precariedade, os congelamentos salariais, o recurso ilegal a Contratos Emprego-Inserção, «as chamadas rescisões por mútuo acordo» ou «a imposição das 40 horas semanais».
É ainda afirmado na nota que «a maioria dos assistentes operacionais do sector da Saúde auferem salários de cerca de 600 euros e têm uma sobrecarga horária de trabalho, com a sua total desregulamentação, prestando serviços que são essenciais em condições que põem em causa a sua dignidade, a sua saúde e as suas vidas». Destaca ainda que «os assistentes técnicos estão sujeitos a ritmos brutais de trabalho enquanto os seus salários não param de diminuir».
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