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Militares falam de um Orçamento do Estado decepcionante

A proposta do Orçamento de Estado, no que respeita à Defesa Nacional, mostra-se «falha de soluções, vazia e cheia de desprezo no que toca aos problemas e preocupações dos Militares e suas famílias».

CréditosManuel Araújo / Agência Lusa

Esta é a consideração que as associações profissionais de militares (APM) fazem sobre a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021, divulgada hoje numa conferência de imprensa conjunta das associações de oficiais (AOFA), sargentos (ANS) e praças (AP).

As APM sublinham que, face à realidade de haver menos 72 milhões de euros para despesas correntes e menos 570 mil para subsídios, vão continuar por resolver problemas como «o recrutamento e a retenção dos militares nas fileiras», bem como as respectivas promoções e progressões na carreira. Nesse sentido, prevêem a continuação da «desvalorização acentuada do valor do trabalho dos militares» e da «degradação das condições de trabalho», e a ausência de «medidas que consigam pelo menos travar a tendência de declínio da Instituição Militar».

Para as associações militares, não basta louvar ou tecer loas aos militares «nas palestras e conferências, nas intervenções públicas e publicadas, nas audiências e nos discursos de ocasião, como se estes vivessem de elogios e de falsas promessas». Impõe-se, por exemplo, que não podem ser só os oficiais generais a serem promovidos nos termos da Lei, enquanto os restantes militares são promovidos perto do final do ano, apesar da data de promoção poder ser o princípio do ano e sem receberem retroactivos. Mas também que «os salários dos militares sejam dignamente revistos e valorizados – bem como os dos restantes Portugueses», conclui o comunicado.

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