No discurso de encerramento da que pretende ser a escola de Verão dos jovens do PSD, em Castelo de Vide, Portalegre, e apesar de estarmos a menos de um mês das eleições de 1 de Outubro, o seu presidente, Pedro Passos Coelho não falou de autárquicas mas aproveitou antes para defender o anterior Presidente da República, Cavaco Silva.
Numa intervenção, na última quarta-feira, onde afirmou que «a realidade acaba sempre por derrubar a ideologia», Cavaco Silva caracterizou a actual situação política com termos como «alguns devaneios revolucionários» e contrapôs o cumprimento das «regras europeias de disciplina orçamental» como caminho único perante a sua percepção da realidade.
Perante as críticas à intervenção do ex-Presidente da República, que por sua vez traduziu a política prosseguida nos quatro anos de governação do PSD e do CDS-PP, responsável pelo acentuar do declínio do País, Passos resolveu acusar o Governo e os partidos à esquerda do hemiciclo de dissimulação.
Além de sugerir um «ambiente de intolerância», foi mais longe na defesa do seu antecessor na liderança do PSD, ao afirmar que «quem não pensa como quem está no Governo não é bom português, é racista, é xenófobo ou é outra coisa qualquer».
«O dr. Cavaco Silva não tem direito a exprimir a sua opinião? Se o fizer tem logo de ser o ressabiado, o que precisa de palco?», criticou Passos Coelho.
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