João Gomes Cravinho é o novo ministro da Defesa, substituindo no cargo Azeredo Lopes, que apresentara a demissão na sexta-feira ao final da tarde.
No âmbito da maior remodelação deste governo, o primeiro-ministro anunciou ainda a substituição, na pasta da Economia, de Manuel Caldeira Cabral por Pedro Siza Vieira, que mantém as funções de ministro-adjunto do primeiro-ministro.
Siza Vieira, que tem sido o responsável pelas reuniões com o patronato no processo do Orçamento do Estado, garantiu este sábado ao Expresso que «vamos ter um Orçamento amigo das empresas».
O ministério que Siza Vieira vai tutelar perde a Secretaria de Estado da Energia para o Ministério do Ambiente – que passa a ser Ministério do Ambiente e da Transição Energética –, à frente do qual se mantém João Matos Fernandes, mesmo após o intenso braço-de-ferro que manteve com o sector do Táxi e a aprovação da polémica «lei Uber».
Na área da Saúde, o primeiro-ministro propôs o nome de Marta Temido para substituir o ministro Adalberto Campos Fernandes, cuja actuação foi alvo de forte contestação pelos profissionais do sector.
Actualmente, os enfermeiros mantêm-se em luta por melhores salários e condições de trabalho, levando a cabo uma greve faseada cuja elevada adesão revela o descontentamento com o posicionamento do Governo, segundo revelam fontes sindicais, e tendo prevista ainda uma manifestação nacional.
Por seu lado, Luís Filipe Castro Mendes, cuja passagem pela pasta da Cultura fica marcada pela intensa polémica em torno dos concursos de apoio às artes, é substituído por Graça Fonseca.
Todas as nomeações foram aceites pelo Presidente da República, que dará posse aos novos ministros esta segunda-feira.
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