Questionado à margem de uma visita à SISAB 2019, salão internacional do sector alimentar e bebidas, que decorre em Lisboa, Jerónimo de Sousa esclareceu que o Governo «deveria assumir com naturalidade o facto de o Orçamento do Estado (OE) reconhecer este direito aos professores». O que está em causa, sublinhou, é a «questão do tempo e do modo», havendo aí «grande disponibilidade dos professores».
Sobre a primeira ronda negocial do ano, realizada ontem, onde os professores esbarraram num «muro de intransigência», o secretário-geral do PCP defendeu que o Governo não pode chegar às negociações «com uma mão cheia de nada».
«Pensamos que o Governo comete um erro ao não atender e responder às reivindicações justas e legítimas e dar resposta a um problema muito sentido por sectores da sociedade portuguesa», afirmou, tendo reiterado a necessidade de diálogo a classes como os enfermeiros, magistrados ou forças de segurança.
Jerónimo de Sousa recordou que, no OE do ano passado, o PCP já procurou uma «solução imediata» para a reposição do tempo integral de serviço dos professores – propondo um faseamento num máximo de sete anos –, mas que foi rejeitada no Parlamento.
Perante a insistência sobre que iniciativas poderá o PCP tomar sobre esta matéria, Jerónimo de Sousa reiterou que o fundamental é que haja «vontade política» do Governo do PS.
«Concretize-se aquilo que o OE refere como grande linha, concretize-se aquilo que é uma revindicação perfeitamente justa e fundamentada, quem está a ser obstáculo é o Governo não é a ausência de legislação», frisou.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui