Isso mesmo está traduzido no orçamento suplementar, já entregue na Assembleia da República, e que será defendido na próxima semana, perante os deputados, pelo novo ministro das Finanças que tomará posse na próxima segunda-feira.
Um orçamento que concretiza os traços essenciais do Programa de Estabilização Económica e Social, mesmo que ainda não haja uma resposta adequada da União Europeia aos problemas que resultaram do surto.
Isto, num momento em que se procura alimentar a ideia de que tudo se vai resolver com o «fundo de recuperação» de 750 mil milhões de euros que Bruxelas anunciou para apoiar a recuperação económica na sequência do impacto da pandemia. Com a maior parte desta verba a ser apresentada como uma subvenção aos Estados, embora o pagamento do empréstimo que suporta o fundo possa acabar por ter de ser pago através do aumento das contribuições de cada país ou da criação dos chamados impostos europeus.
No fundo, estaremos a falar de um apoio que poderá ser pretexto para novos passos no aprofundamento do processo de integração, para retirar mais competências e recursos financeiros aos Estados em favor das instituições europeias e dos países mais fortes, nomeadamente o eixo franco-alemão.
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