O até agora eurodeputado e presidente da Federação Distrital do PS do Porto, Manuel Pizarro, será empossado esta tarde ministro da Saúde, no Palácio de Belém. Mais do que um novo rosto a gerir o Serviço Nacional de Saúde (SNS), importa saber se o Governo vai adoptar uma política capaz de responder às reivindicações do sector e reforçar a capacidade de resposta do serviço público. E são várias as respostas que falta dar a um SNS cada vez mais desgastado, cujas consequências se acentuaram nos últimos meses, e onde a transferência de cuidados de saúde para o sector privado assume cada vez mais preponderância.
Acresce a este cenário o estatuto do SNS, que aponta para a privatização dos serviços de saúde, por oposição à Lei de Bases, da anterior legislatura, que coloca o serviço público no centro dos cuidados de saúde no nosso país.
A valorização das carreiras e remunerações dos profissionais de saúde, o fim das listas de espera, a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes e a melhoria das condições de trabalho são algumas das exigências que mais se têm feito ouvir. Esta sexta-feira, na designada Academia Socialista (iniciativa que marca o regresso do PS após as férias), Manuel Pizarro teceu elogios à ministra cessante.
Marta Temido, que se destacou pelo discurso de afirmação do SNS público (apesar de terem faltado políticas correspondentes), foi alvo de ataque por parte dos privados da saúde, e não só, devido a medidas como o fim de parcerias público-privado para a gestão hospitalar ou a contratação supletiva e temporária do sector privado.
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