Mais de 200 independentes apoiam a CDU

Os subscritores afirmam que nas próximas eleições legislativas assumirão «um compromisso com a esperança em tempos que são difíceis», e apelam «a um voto certo e seguro contra as desigualdades económicas e o neoliberalismo, contra todas as derivas militaristas e seus efeitos humanitários e ambientais nefastos».

Afirmando-se como não sendo militantes do PCP nem do PEV, sublinham que no dia 18 de Maio votarão CDU «contra a ameaça fascista que o avanço da extrema-direita representa, e por um antifascismo com memória e futuro», mas também para apoiar os «que não aceitam que seja normal trabalhar e receber um salário de miséria, que desde sempre combateram sem contemplações o fascismo em todas as suas formas. Os que nunca faltaram para a construção de tudo o que de decente a democracia fez e fará neste país».

Votar nos comunistas e nos verdes da CDU é levar a sério a ecologia política consequente «que exige a luta pela paz, maior igualdade social e um planeamento democrático da economia. Como diz o slogan: fim do mundo, fim do mês, a mesma luta», conclui o apelo.

O nome do abaixo-assinado é uma alusão a um texto de Manuel Gusmão para uma ópera de António Pinho Vargas sobre os tempos da revolução em que todas as mudanças pareciam possíveis e todas as injustiças poderiam ser derrubadas.

O texto do apelo pode ser lido e subscrito no site da Iniciativa dos Comuns, onde também se encontra a lista actualizada de subscrições. Entre os mais de 200 primeiros subscritores, encontram-se Blessing Lumueno (treinador desportivo), Catarina Pires (jornalista), Fátima Rolo Duarte (designer), João Ramos de Almeida (jornalista), João Rodrigues (professor universitário), José Goulão (jornalista), José Neves (professor universitário), Keidje Sebi Torres Lima/Valete (músico e empresário), Luís Cristóvão (escritor e comentador desportivo), Manuela Bronze (artista plástica), Manuel Loff (professor universitário), Soares Novais (jornalista) e Xullaji (músico).