É mais um passo na consolidação da Sonae como grande grupo económico. Desta vez, analisando o contexto, Claudia Azevedo, aproveitou para explorar, ainda mais, outros mercados e desta vez é o mercado do endividamento das famílias.
A Sonae vai vender metade do capital do Universo por 19 milhões de euros ao Bankinter Consumer Finance, passando a instituição financeira portuguesa a ser detida em partes iguais por ambos os grupos. A operação que será fechada esta semana é resultado de um acordo fechado em Dezembro do ano passado.
Parece que a altura para o negócio não podia ser mais perfeita uma vez que, de acordo com a Sonae, o objectivo é criar um «operador líder no crédito ao consumo em Portugal» e de acordo com dados do Banco de Portugal, nomeadamente o boletim publicado a 23 de Fevereiro deste ano, com os dados de 2022, o «endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 19,1 mil milhões de euros, para 793,8 mil milhões de euros» e o «endividamento dos particulares aumentou 3,6% entre o final de 2021 e o final de 2022, crescimento superior ao verificado no ano anterior (3,3%)».
A CEO da Sonae sabe bem que o endividamento das famílias surge em contextos onde existe perda do poder de compra e dado o aumento do custo de vida, até por via do aumento dos bens alimentares promovido pela grande distribuição isso está a acontecer. No passado mês de Fevereiro, o INE revelou que as perdas reais no salário médio nacional atingiram no no último trimestre do ano de 2022 5,2%.
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