Vítor Bento, que em Setembro de 2014 renunciou ao cargo de administrador do Novo Banco afirmando ter «encetado um processo para a rápida venda do banco, gerido pelo Fundo de Resolução e pelo Banco de Portugal», reconheceu esta segunda-feira na RTP que a instituição devia afinal ter sido nacionalizada, como propôs inicialmente o PCP.
Ao programa Tudo é Economia, o economista realçou que se o Estado tivesse optado pela nacionalização, em vez de o vender ao fundo especulativo Lone Star, teria «o controlo do banco e o direito aos benefícios da recuperação».
Relativamente ao dinheiro investido, o presidente não-executivo da SIBS frisou que o Fundo de Resolução «não é dos bancos» e que, «obviamente, quem vai pagar a dívida são os contribuintes».
Quanto aos prejuízos acumulados desde a resolução do BES, Vítor Bento argumentou que a avaliação dos activos «foi mal feita», acrescentando que o capital com que o banco foi dotado «não era suficiente» para o seu funcionamento.
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