«Este ano, esperamos que cinco milhões de estudantes se dirijam aos centros de ensino no novo ano escolar [em Setembro], incluindo 50 mil em Ghouta Oriental», disse ontem Hazwan al-Waz, ministro da Educação da Síria, citado pela TeleSur.
O ministro explicou que tal é possível graças às operações do Exército Árabe Sírio – em conjunto com os militares russos –, na medida em que libertaram do terrorismo extensas zonas do país, o que, por seu lado, permitiu às autoridades sírias reconstruir e reparar muitas salas de aula destruídas.
Em comparação com o ano passado, o número de menores inscritos no sistema educativo aumentou de «forma progressiva e significativa», disse Hazwan al-Waz, acrescentando que há mais quatro mil crianças inscritas.
O responsável da tutela chamou ainda a atenção para o facto de o sistema educativo ter sido reprogramado em certas regiões do país, tendo em conta que houve grupos de crianças que foram forçadas a abandonar a escola por causa da violência de grupos terroristas, como o Daesh. O objectivo – disse – foi permitir que pudessem recuperar o tempo perdido, realizar os exames e concluir o ano lectivo.
A região damascena de Ghouta Oriental, que as tropas de Damasco libertaram da presença de grupos terroristas após uma grande ofensiva entre Fevereiro e Abril deste ano, é um exemplo de região onde as crianças viram afectada a sua situação escolar pela presença dos terroristas e dos combates.
Para permitir que os estudantes pudessem recuperar e regressar às aulas em Setembro próximo, o governo sírio prolongou ali o último ano lectivo, explicou o ministro.
Regresso dos refugiados, uma prioridade
Numa conferência de imprensa dada ontem em Damasco, Hussein Makhlouf, ministro da Administração Local e responsável pela coordenação do regresso dos sírios deslocados, destacou a importância que o retorno dos refugiados possui para executivo de Damasco, afirmando que este está a trabalhar no sentido de simplificar os processos dos que regressam do estrangeiro, bem como na criação de programas que os ajudem a procurar empregos e a melhorar as condições de vida, noticia a agência Sana.
Makhlouf disse ainda que, à medida que novas áreas são libertadas da presença dos terroristas e se tornam seguras, o governo procura reabilitá-las. «Tais esforços já resultaram no regresso às suas casas de mais de três milhões de deslocados internos em Alepo, Homs, Latakia, Deir ez-Zor e regiões de Alepo, Raqqa e Damasco», disse.
Por seu lado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Faisal Miqdad, salientou «a necessidade de reactivar a economia e reconstruir o país para que todos possam voltar», indica a HispanTV.
Na mesma ocasião, afirmou que Damasco conseguiu resistir aos seus inimigos devido à coragem dos sírios e ao apoio da Rússia, tendo denunciado que «países árabes bem conhecidos forneceram ajuda a grupos armados no valor de 137 mil milhões de dólares com o objectivo de destruir a Síria».
Recorde-se que o governo sírio acusou, em diversas ocasiões, vários países ocidentais e regionais de apoiarem grupos terroristas que operam na Síria, como os EUA, o Reino Unido e a França, a Arábia Saudita, o Qatar, Israel e a Turquia, entre outros.
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