Convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), a greve de ontem no centro hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde obteve uma adesão de 91%, como vários sectores afectados.
A paralisação, convocada especificamente para esta unidade de saúde e que decorreu à margem da greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros, insere-se nas inicitativas regionais do SEP.
Em declarações ao jornalistas, Fátima Monteiro, coordenadora regional do SEP, explicou que tal devesse ao facto que «há problemas que são particularmente sentidos em determinados locais, porque as administrações têm diferentes posturas», exemplificando que «aqui ninguém recebeu o complemento de enfermeiro especialista, enquanto os outros hospitais já todos receberam».
«O suplemento que o governo assumiu é de 150 euros, e apesar de não ser valor suficiente para valorizar as competências de um enfermeiro especialista, tem de ser pago. Este hospital ainda não pagou o complemento remuneratório a nenhum enfermeiro, e já o devia ter feito em Janeiro», afirmou Fátima Monteiro à Lusa, citada pelo Sapo 24.
Em comunicado, o SEP explica que os enfermeiros exigem ainda uma «justa e correta contagem dos pontos» no descongelamento das progressões, frisando que este hospital, tal como os restantes, «tem autonomia gestionária para fazer a correcta contabilização», como também alertar para a falta de pessoal no centro hospitalar.
Greve nacional com média de adesão de 95%
A greve nacional que cumpre hoje o seu terceiro dia, em cinco, «tem uma média de 95%», sem grandes oscilações em relação aos dias anteriores, declarou hoje o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE), José Correia Azevedo, à Lusa.
Os enfermeiros associados da FENSE iniciaram, na segunda-feira, uma greve nacional de cinco dias em protesto contra o impasse na negociação do acordo colectivo de trabalho, que começou há um ano.
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