Tsipras falou esta manhã, em Estrasburgo, num debate sobre «o futuro da Europa», no qual sublinhou o alinhamento do seu governo com as orientações económicas e orçamentais da União Europeia. «Continuaremos o nosso caminho de estabilidade fiscal», proclamou o primeiro-ministro grego perante o Parlamento Europeu.
«O fim do programa de ajustamento [da troika] não vai significar o regresso ao passado», disse Alexis Tsipras. A Grécia continua com uma taxa de desemprego próxima dos 20%, cerca do dobro do valor registado há uma década.
Ao tornar-se no partido mais votado, em Janeiro de 2015, o Syriza de Tsipras conseguiu formar governo com o partido nacionalista Gregos Independentes, uma cisão do conservador Nova Democracia até então no governo helénico.
Apesar das grandes esperanças suscitadas em sectores representados em Portugal pelo BE, estes rapidamente se desiludiram. Três dias depois de os gregos rejeitarem em referendo um novo programa da troika, em Julho de 2015, o governo do Syriza formalizou o pedido de um novo programa com a duração de três anos.
O primeiro-ministro grego reclamou ainda o mérito de não ter «levantado barreiras» perante o fluxo migratório, ainda que a Grécia seja um ponto chave para a implementação do acordo com a Turquia. Através deste, a União Europeia paga àquele país para travar os migrantes que tentam entrar através das fronteiras externas do Mediterrâneo Oriental.
Tsipras concluiu que, «nos últimos três anos e meio, a Grécia deixou de ser um problema e passou a fazer parte da solução para a União Europeia». Uma afirmação decalcada das proclamações feitas pelos governantes portugueses do PSD e do CDS-PP, em meados de 2014.
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