Ontem, Catarina Martins disse que o BE também quer mais do que os 600 euros que estão no programa do Governo para o próximo ano. A coordenadora do BE disse que é possível ir «bem além» do previsto, numa iniciativa do seu partido em Almada.
No 1.º de Maio, a CGTP-IN avançou com a sua proposta de aumento do salário mínimo nacional para 650 euros já em Janeiro de 2019. O PCP assumiu a reivindicação logo de seguida e anunciou no sábado a apresentação de um projecto de resolução recomendando a subida.
Mas há uma razão para que o calendário de evolução do salário mínimo esteja inscrito no programa do Governo. Depois de ter defendido a subida para 600 euros ao longo da campanha das legislativas de 2015, o BE quis incluir um anexo à posição conjunta com o PS onde fixou esse calendário. E dele consta exactamente aquilo que o Governo tem feito e já anunciou querer fazer em 2019: actualizar o salário mínimo para 600 euros.
O BE não só chega tarde à reivindicação de um aumento acima dos 600 euros (que ontem não quantificou, e, recorde-se, que a UGT já anunciou querer para 615 euros), como deu ao Governo um argumento de peso para que não o faça.
Esta é a segunda proposta que o BE apresenta apesar de, em 2015, ter assinado um documento que as prejudica. Também nas pensões aceitou o simples descongelamento e a aplicação da lei, enquanto agora exige um novo aumento extraordinário, à semelhança do que o PCP propõe desde 2016 e que foi incluído nos dois últimos orçamentos do Estado.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui