Foi no passado dia 15 de Setembro que se completaram 39 anos de uma das maiores conquistas da Revolução dos Cravos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Mas o ambiente, afirma o responsável das comissões de utentes do Litoral Alentejano, Dinis Silva, ao AbrilAbril, não é de festa.
A região é «uma das mais carenciadas em recursos humanos», no sector da Saúde, e, num território com aproximadamente 100 000 utentes, cerca de 50% não têm médico de família.
As carências existem também nas especialidades médicas. Dinis Silva denuncia que, para além de só haver, por exemplo, um urologista e um cardiologista para aquele universo de utentes, não há especialistas de pediatria. «A pediatria funciona com médicos indiferenciados», explica.
Além da falta de médicos, que origina grandes listas de espera para cirurgias e consultas, os utentes denunciam a carência de enfermeiros, frisando que as dificuldades se sentem no Hospital do Litoral Alentejano mas também nos centros de saúde da região.
Estas e outras questões serão analisadas num debate que as comissões de utentes do Litoral Alentejano realizam hoje, pelas 20h30, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, com o apoio das autarquias da região.
O encontro conta com a participação do presidente da Federação Nacional dos Médicos, João Proença, e do dirigente regional de Setúbal do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Luís Matos.
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