A concentração de protesto decorreu ontem ao fim da tarde, em frente à unidade de saúde, em resposta ao fecho da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e do Serviço de Atendimento a Situações Urgentes (SASU) do Centro de Saúde Soares dos Reis.
Os utentes afirmam que não foi disponibilizada qualquer informação prévia, nem o assunto foi colocado nos órgãos autárquicos, mas de facto os serviços estão encerrados, pois «as pessoas deslocam-se até lá e batem com o nariz na porta», onde está um papel a direccionar para a nova unidade de em Vilar de Andorinho, inaugurada a 1 de Outubro.
Além do SASU do Centro de Saúde Soares dos Reis. a outra unidade disponível nos Carvalhos também já teve o mesmo desfecho, o que implica que as mais de 300 mil pessoas a viver no concelho passam a ter os serviços concentrados em Vilar de Andorinho.
A par dos «enormes transtornos», o MUSP afirma que tal está a provocar «situações dramáticas» aos utentes porque, enquanto o Centro de Saúde Soares dos Reis está localizado numa zona central e bem servida de transportes públicos, a outra unidade não tem quaisquer transportes a partir das 20h. Um problema acrescido tendo em conta a distância e a quantidade de pessoas, entre os quais idosos, com mobilidade reduzida e dificuldades financeiras.
O MUSP salienta ainda que as pessoas estão a ser obrigadas a aceitar a mudança, temendo ficar sem médico de família, visto que os dez profissionais também já foram transferidos.
Uma situação lamentável, afirma a estrutura de utentes, que exige da tutela a reversão da decisão e abertura das unidades encerradas, de forma a que se cumpra o direito à saúde, com um serviço público descentralizado e de proximidade aos utentes.
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