A reunião conjunta, realizada em Coimbra, no dia 16, reuniu os sindicatos e comissões de trabalhadores da CP, Infraestruturas de Portugal (IP) e EMEF. Em causa está o bloqueio das negociações e o incumprimento dos acordos, por parte do Governo e das respectivas administrações.
Com os pré-avisos ainda por emitir, as estruturas afirmam que tal não impede o desenvolvimento dos processos negociais autónomos em cada empresa. O dia escolhido para a greve conjunta foi 7 de Dezembro, por 24 horas.
«Perante este quadro e comportamento, só podemos entender que o Governo não quer honrar e cumprir os acordos assumidos, criando assim mais razões para a existência de um conflito laboral alargado», denunciam.
Por outro lado, as conclusões da reunião apontam ainda como motivos para a greve «a degradação da actividade das empresas, em particular no transporte ferroviário», à qual o Governo e as administrações «socorrem-se de muitos anúncios, mas poucas medidas para responder aos problemas de imediato dos utentes e dos ferroviários», no sentido de um «serviço público ferroviário e de qualidade».
Outros motivos passam pelo facto de que o Governo e a CP não têm um plano para recuperar o material circulante imobilizado, levando à surpressão diária de dezenas de circulações e na EMEF continua a haver muitos constrangimentos à sua actividade, como entraves à aquisição de material.
É afirmado também que «todas as empresas continuam sem os trabalhadores necessários para darem resposta às suas obrigações», enquanto a IP, a par da questão da regularização dos vínculos precários, é «cada vez mais uma empresa de gestão de contratos, destruindo a sua capacidade de intervenção directa e a das suas empresas participadas».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui