A Assembleia Municipal (AM) de Lisboa aprovou esta semana, em sessão plenária, uma proposta exigindo a reposição da estação dos correios de Xabregas e manifestando o seu apoio à população e aos comerciantes do Beato em todas as acções que acharem por bem desenvolver no sentido da recuperação da Estação dos Correios de Xabregas, no seu actual local.
A Estação de Correios de Xabregas, a única existente na Freguesia do Beato, foi encerrada pela Administração dos CTT, sem qualquer aviso prévio, a 24 de Dezembro de 2018, aproveitando a quadra natalícia.
O encerramento contribui para a degradação dos serviços de interesse público nesta freguesia de Lisboa, prejudicando uma população maioritariamente idosa e o pequeno comércio local.
A notícia, em 2017, da possibilidade de desaparecimento da Estação de Correios de Xabregas levara moradores e comerciantes da Freguesia do Beato a recolher e entregar um abaixo-assinado com mais de 800 assinaturas contra o encerramento da estação e exigindo a melhoria do serviço prestado à população. A data escolhida, a ausência de aviso prévio e a falta de resposta àquele abaixo-assinado configuram o desinteresse da Administração dos CTT pelo interesse público.
Controlo público sobre os CTT com oposição ideológica da direita
A proposta, que esteve em discussão em sessão plenária da AM, partiu dos eleitos do PCP e foi aprovada por esmagadora maioria, contando apenas com a oposição do PSD. Outros pontos da proposta foram aprovados por unanimidade, nomeadamente a solicitação à Câmara Municipal de Lisboa de uma posição pública e firme em defesa da reposição da Estação dos Correios de Xabregas, e a exigência de de uma também firme intervenção da ANACOM relativamente a mais este atropelo por parte da Administração dos CTT.
Já a exigência de que o Governo trave a contínua destruição dos CTT, dando início a um processo de recuperação de controlo público desta empresa, foi aprovada por maioria mas com os votos contra do CDS, MPT e PPM, e a abstenção do PSD, revelando que a direita continua, por motivos ideológicos, cega à quebra de serviço verificada com a privatização do serviço público de correios e à necessidade de recuperação do controlo público sobre os CTT.
Entre 2009 e 2016, e com o processo de privatização da empresa, encerraram de 564 estações e postos dos CTT, números que continuaram a aumentar ao longo de 2017/2018, privando as populações de um serviço de proximidade.
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