Sebastião Santana, coordenador para a área da Saúde da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (CGTP-IN), afirmou que se está perante perante «uma excelente adesão» a nível nacional.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical realçou que a adesão global à greve passa os 90%, referindo ainda que, nos principais hospitais de Lisboa e Porto – São José, São João, Santa Maria e Fernando Fonseca – a adesão é de 100%.
«Uma excelente adesão ainda por cima com o ataque que houve aos serviços mínimos nesta greve, que foram conciliados por um tribunal arbitral e são serviços mínimos muito superiores às greves normais da saúde para estes trabalhadores. Está a ser uma grande greve», frisou Sebastião Santana.
Os dados foram apresentado numa conferência de imprensa no Hospital de São José, em Lisboa, que contaram com a presença de Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, e o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.
Os auxiliares de acção médica cumprem um dia de greve para exigir a reposição da carreira de técnico auxiliar de saúde, extinta em 2009. Além da paralisação, tencionam ainda entregar um abaixo-assinado com milhares de assinaturas no Ministério da Saúde.
Governos do PS, PSD e CDS-PP rejeitaram reivindicação
Sebastião Santana explicou que há um «descontentamento enorme» entre estes trabalhadores, desde que viram a carreira extinta há 10 anos, durante o governo do primeiro-ministro José Sócrates. Desde então, não houve valorização dos conteúdos funcionais, formação contínua e valorização salarial.
O coordenador afirmou que se trata de uma greve exclusiva dos cerca de 30 mil assistentes operacionais, que estão com funções de auxiliar de acção médica, pois o actual Governo, bem como os anteriores, «insiste na não valorização das funções dos auxiliares de acção médica».
Segundo o responsável, o Governo de António Costa não está disponível para corrigir esta situação, lembrando que numa reunião, em 28 de Dezembro, com a ministra da Saúde, foi «dito claramente que não havia vontade do Executivo de este ano proceder à criação da carreira de técnico auxiliar de saúde».
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