Na manifestação de ontem, que começou e terminou no Millennium Park, em Chicago, exigiu-se justiça para Paul O’Neal, um rapaz de 18 anos que, desarmado, foi atingido por disparos de agentes policiais a 28 de Julho último, nesta cidade do Illinois, vindo a falecer horas depois.
Os protestos tiveram início na sexta-feira, depois de as autoridades terem divulgado imagens gravadas em que se vê a Polícia a perseguir a viatura em que O'Neal seguia, os agentes a efectuarem vários disparos, o jovem a fugir para um quintal e, mais tarde, deitado no chão, a sangrar das costas e a ser algemado.
Os organizadores da manifestação deste domingo afirmaram que a mobilização visava denunciar a violência policial e a opressão sistemática sobre as minorias. Maxine Wint, da organização, disse à PressTV: «Já sabíamos que a Polícia tinha morto [Paul O'Neal], mas ver os vídeos e a maneira como a Polícia actuou deixou claro como as nossas vidas não têm importância.»
Na sexta-feira à noite, os manifestantes juntaram-se à frente da sede do Departamento da Polícia de Chicago, no bairro de South Shore, entoando palavras de ordem como «Mãos ao ar, não disparem» e «Quantos Pauls vamos matar hoje?».
Michael Oppenheimer, advogado da família de O'Neal, classificou a morte do jovem como uma execução a sangue frio. Por seu lado, a Polícia de Chicago afirmou que o agente que atingiu O'Neal nas costas violou as regras e que será considerado responsável.
Recorde-se que, também na sequência da divulgação de um vídeo, em Novembro do ano passado, em que se via um agente da Polícia de Chicago a disparar 16 vezes sobre o adolescente negro Laquan McDonald, Chicago foi palco de grandes protestos contra a violência policial e o racismo.
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