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PSD debate-se com problemas que criou

As jornadas parlamentares do PSD arrancaram esta quinta-feira no Porto. A Saúde e a Segurança Social são dois dos temas em destaque. 

CréditosMário Cruz / Agência LUSA

Os trabalhos iniciaram-se com uma visita à ala pediátrica do Hospital de São João, com Fernando Negrão a denunciar que «o Estado nas áreas sociais não está a funcionar» e a defender um Portugal «diferente deste que foi construído durante os últimos três ou quatro anos».

O líder parlamentar do PSD afirma que os problemas «são cada vez mais graves para aqueles que se deslocam aos centros de saúde e hospitais e têm dificuldades em ser atendidos, ou onde a marcação de uma consulta e de uma cirurgia pode levar anos», para atestar que «neste momento a Saúde é um problema de uma enorme gravidade em Portugal».

Estas jornadas começam um dia depois do debate realizado na Assembleia da República sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em que ficou clara a necessidade de o SNS melhorar a qualidade dos cuidados de saúde que presta aos utentes e independentemente da condição económica destes.

Um debate que vincou a necessidade de as metas impostas pela União Europeia não poderem funcionar como um garrote para o investimento no SNS, seja em edifícios e equipamentos ou na valorização da componente humana, nomeadamente através das carreiras e dos salários. E no qual foram também particularmente sublinhadas as responsabilidades do PSD e das políticas do governo anterior, em parceria com o CDS-PP. 

Entre Novembro de 2015 e Dezembro de 2018, o SNS ganhou 8800 profissionais de Saúde, entre médicos especialistas, enfermeiros e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, cuja carreira foi recentemente criada. A evolução contrasta com o período entre Dezembro de 2011 e Novembro de 2015, da responsabilidade do PSD e do CDS-PP, em que o serviço público de Saúde perdeu cerca de 3000 trabalhadores. 

Apesar das afirmações de Fernando Negrão, nestes últimos três anos foram tomadas outras medidas que permitem manter de pé o SNS, designadamente através da reposição de isenções nas taxas moderadoras, da redução do custo com os medicamentos e da melhoria do acesso às condições do transporte de doentes não urgentes.

As jornadas parlamentares dos social-democratas, que contam com a participação do presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, entre outros, terminam amanhã com o discurso do presidente do PSD, Rui Rio.

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