As concentrações de protesto desta manhã foram convocadas pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN), reunindo cerca de meia centena de trabalhadores do sector em frente às sedes da APHORT e AHRESP.
Em comunicado, a estrutura sindical realça que o protesto dos trabalhadores surge contra o facto de que «todas as associações patronais (APHORT, AHRESP, AHP, AHISA e ACIF) se recusam a negociar ou apresentam propostas miseráveis», apesar do quadro de crescimento do sector e os «excelentes resultados de receitas pelo sexto ano consecutivo».
Em declarações aos jornalistas, Francisco Figueiredo, dirigente da Feshat, afirmou que a esmagadora maioria dos trabalhadores da hotelaria e restauração vive numa «situação social grave», decorrente dos «salários muito baixos» e «elevados indíces de precariedade», bem como do clima de impunidade geral, com abusos e violações patronais sistemáticas, e dos horários desregulados e «infindáveis».
«Até hoje não foram acordados quaisquer aumentos salariais a nível nacional para estes trabalhadores, pois as negociações estão bloqueadas ou nem sequer foram iniciadas», afirmou, acrescentando que a Fesaht apresentou em Outubro passado uma proposta de aumentos salariais de 4% para 2019, num mínimo de 40 euros e a fixação do salário mínimo do sector em 650 euros.
Sobre a atitude das associações patronais, a Feshat sublinha que a APHORT «tem vindo a recusar dar início às negociações», só tendo hoje, momentos antes do protesto, manifestado disponibilidade para reunir. Por sua vez, as negociações com a AHRESP só foram iniciada para a restauração, tendo sido apresentada uma «proposta miserável» de 10 euros de aumento.
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