De acordo com as forças israelitas, o ataque realizado durante a manhã de hoje foi uma resposta contra «posições do Hamas» após o lançamento de cinco foguetes proveniente de Gaza, que caíram em terreno aberto sem terem provocado qualquer dano.
A retaliação decorre uma semana depois de, durante vários dias, o exército israelita ter realizado intensos bombardeamentos sobre Gaza. Além disso, decorre após os sangrentos protestos de ontem junto à fronteira, onde as forças de segurança de Israel dispararam sobre as manifestações que assinalaram o primeiro ano da Grande Marcha do Retorno.
Segundo a PressTV, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou que os tiros disparados provocaram a morte de quatro palestinianos, com idades entre os 17 e 20 anos, bem como ficaram feridos mais de 316 pessoas. Por sua vez, a agência Ma'an relatou que sete jornalistas também foram atingidos, apesar de estarem identificados e de cumprirem todas as normas de segurança.
As tensões na Faixa de Gaza têm estado altas há meses, mas a retórica e as acções militares têm aumentado consideravelmente à medida que a data das eleições em Israel (9 de Abril) se aproxima.
As mobilizações da Grande Marcha do Retorno tiveram início em 30 de Março de 2018 e, desde então, o Exército sionista matou mais de 250 palestinianos e feriu 26 mil, dos quais 500 se encontram em estado crítico, segundo dados do Palestinian Information Centerdivulgados pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
Uma das reivincações primordiais destas manifestações prende-se com o levantamento do bloqueio imposto pelos israelitas à Faixa de Gaza há quase 12 anos, com consequências humanitárias tremendas para os cerca de 2 milhões de habitantes do enclave costeiro.
Nos protestos da Grande Marcha do Retorno, os manifestantes afirmam ainda o direito de os refugiados palestinianos – e seus descendentes – regressarem às terras de onde foram expulsos, em 1948, no âmbito da campanha de limpeza étnica levada a cabo por Israel, por ocasião da sua fundação.
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