A greve que arrancou na quarta-feira passada, dando continuidade às paralisações realizadas em Março, chegou hoje ao terceiro dia, afectando sobretudo os dois pólos industriais da empresa, no distrito do Porto.
Os trabalhadores da Auto-Sueco exigem aumentos salariais para todos e contestam a intransigência da empresa que se recusa a alterar a «política de aumentos salariais discriminatórios existente», baseada num «suposto mérito». Porém, os funcionários afirmam que não conhecem os critérios ou objectivos e denunciam que a grande maioria está há «há dez e 13 anos sem aumentos».
Em declarações ao AbrilAbril, Tiago Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (Site Norte/CGTP-IN), afirmou que o principal impacto da greve sente-se nas instalações da empresa na Maia e em Vila Nova de Gaia, onde estão as oficinas, com um adesão à greve a rondar os 80%.
De acordo com o dirigente, os trabalhadores da Auto-Sueco no Norte do País, onde decorrem os principais protestos, decidiram em plenário avançar com nova semana de paralisações, que decorrerão de 22 a 27 de Abril.
Além disso, Tiago Oliveira frisou que a luta dos trabalhadores do Norte está a servir de exemplo para os demais funcionários do grupo em outras regiões do País, como em Almada, onde os trabalhadores da Auto-Sueco Automóveis aprovaram a entrega de um pré-aviso de greve para 16 e 17 de Abril.
O terceiro dia de greve foi ainda assinalado com uma concentração de protesto junto à sede da empresa na zona industrial do Porto, reunindo algumas dezenas de trabalhadores da Auto-Sueco Portugal, após ontem e anteontem terem decorrido acções semelhantes nas instalações na Maia e em Vila Nova de Gaia.
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